sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Cinema Greats - Toppas - Kellogg's - PVC

Uma raridade no mundo das figuras em PVC, esta colecção é uma espécie de homenagem a quatro das maiores estrelas de Hollywood de todos os tempos e também aos grandes clássicos do Cinema, são figuras em PVC e pintadas à mão que saíram nos cereais da Kellogg's em 1989, e foram fabricadas pela Miniland.


John Wayne

Ator norte-americano, de nome verdadeiro Marion Michael Morrison, nascido a 26 de maio de 1907, em Winterset, no estado de Iowa, e falecido a 11 de junho de 1979, em Los Angeles, vítima de cancro no estômago. É famoso por ter personificado as figuras de cowboy forte e taciturno e de soldado. Era estudante universitário quando, por intermédio de Tom Mix, ator do cinema mudo, conseguiu um emprego como operário nos estúdios da Fox. Aqui, travou conhecimento com John Ford de quem se tornou grande amigo. O seu físico impelia-o a uma carreira de ator, tendo-se estreado com uma figuração como jogador de futebol americano no filme mudo Brown of Harvard (1926). Após uma série de figurações e papéis secundários, a primeira prestação de monta seria num género que o iria imortalizar como grande símbolo americano: o western. Assim, Raoul Walsh proporcionou-lhe o papel de protagonista em The Big Trail (A Pista dos Gigantes, 1930). Apesar de se ter traduzido num fiasco de bilheteiras, tinha ficado patente que Wayne era um ator a ter em linha de conta pelo seu carisma e magnetismo na tela. Entre 1930 e 1939, irá protagonizar perto de 60 filmes, na sua grande maioria westerns de baixo orçamento. A sua primeira grande produção foi Stagecoach (Cavalgada Heroica, 1939), de John Ford, onde consolidou um estatuto de herói. Aliás, foi sob a orientação de John Ford que Wayne conquistou os melhores momentos da sua carreira em westerns célebres como Fort Apache (Forte Apache, 1948), She Wore a Yellow Ribbon (Os Dominadores, 1949), Rio Grande (1950) e o belíssimo The Searchers (A Desaparecida, 1956), para além do drama passado na Irlanda, The Quiet Man (O Homem Tranquilo, 1952), onde Wayne personificou um ex-pugilista que viaja ao país dos seus antepassados em busca das suas raízes. A sua primeira nomeação para o Óscar de Melhor Ator veio pela participação num filme de guerra Sands of Iwo Jima (O Inferno de Iwo Jima, 1949), onde personificou o duro e implacável Sargento John Stryker. Mas era no western que se sentia mais à vontade, associando o seu nome a êxitos como Red River (Rio Vermelho, 1948) e o monumental hino à amizade e entreajuda Rio Bravo (1959). Foi também o realizador de The Alamo (Álamo, 1960), uma recriação duma das páginas mais heroicas da História dos EUA. Numa altura em que o governo americano sofria a contestação dos manifestantes anti-guerra do Vietname, Wayne avançou com uma obra de incentivo ao conflito: The Green Berets (Os Boinas Verdes, 1968). Para o ano seguinte, estava guardada a sua consagração ao vencer o Óscar de Melhor Ator pelo seu velho e zarolho caçador de bandidos Rooster Cogburn, em True Grit (A Velha Raposa, 1969). Quando recebeu o prémio, Wayne teve direito a uma ovação em que durou perto de 5 minutos, demonstrativa de que estavam em presença dum dos maiores atores do século XX. Em 1976, filmou o seu último filme todo ele rodado em narrativa de homenagem a um mito: The Shootist (O Atirador, 1976), a história dum velho xerife que está a morrer com um cancro mas que resolve ajustar contas com o passado. Em abril de 1979, quando era do conhecimento público que um tumor maligno no estômago o estava a conduzir à morte, John Wayne protagonizou um dos momentos mais emocionantes da História dos Óscares, quando, antecedendo a apresentação do Óscar para melhor filme, anunciou que tal como os Óscares, ele iria continuar vivo por muito tempo. Todos sabiam que ele falara em sentido figurado, uma vez que dois meses depois, quando morreu na cama duma clínica de Los Angeles, o seu mito continuou a viver.


Marilyn Monroe

Atriz norte-americana, e um dos grandes símbolos sexuais do cinema, nascida a 1 de junho de 1926, em Los Angeles, na Califórnia, e falecida a 5 de agosto de 1962, também na Califórnia. De seu nome verdadeiro Norma Jean Mortensen, viveu uma infância atribulada, com o pai a abandonar o lar e a mãe a sofrer problemas mentais. Educada num orfanato, casou-se aos 16 anos com um homem que lhe infligia maus tratos. Torna-se operária fabril e mais tarde modelo de pin-ups. Em 1946, é contratada pela 20th Century Fox como figurante, participando nessa condição em filmes como The Shocking Miss Pilgrim (1947), The Asphalt Jungle (Quando a Cidade Dorme, 1950), All About Eve (Eva, 1950) e Monkey Business (A Culpa Foi do Macaco, 1952). Foi Howard Hawks quem reparou no seu potencial, colocando-a como protagonista ao lado de Jane Russell na comédia Gentlemen Prefer Blondes (Os Homens Preferem as Louras, 1953). O filme é um sucesso retumbante, elevando Monroe à categoria de «diva loura» e de símbolo sexual. Depois de filmar o western River of No Return (Rio Sem Regresso, 1954), teve um casamento mediático com a estrela do basebol Joe Di Maggio, ligação que durou 18 meses. Filmou pela primeira vez sob a orientação de Billy Wilder em The Seven Year Itch (O Pecado Mora ao Lado, 1956), um grande êxito a nível internacional. Apostada em consagrar-se como atriz dramática, decide matricular-se no Actors Studio, tornando-se colega de Montgomery Clift, de quem se torna grande amiga. Em Nova Iorque, conhecerá o dramaturgo Arthur Miller com quem se casará em finais de 1956. Com o seu contrato reforçado, protagoniza a comédia Bus Stop (Paragem de Autocarro, 1956) e The Prince and the Showgirl (O Príncipe e a Corista, 1957), mas o último falharia nas bilheteiras. Quase simultaneamente, a sua vida pessoal torna-se muito instável: o seu casamento com Miller estava a passar por uma crise, obrigando a atriz a refugiar-se no álcool e nas drogas. Será Billy Wilder quem a convencerá a interpretar aquele que seria o papel mais célebre da sua carreira: o de Sugar Kane, uma intérprete musical que sonha em casar com um milionário na comédia Some Like It Hot (Quanto Mais Quente Melhor, 1959). Em seguida, contracenou com Yves Montand em Let's Make Love (Vamo-nos Amar, 1960). Vítima de sucessivas depressões nervosas, a fragilidade da atriz começou a causar-lhe numerosos dissabores profissionais: durante as rodagens de The Misfits (Os Inadaptados, 1961), foram constantes as suas discussões com o realizador John Huston e Clark Gable, para além de numerosos atrasos. Paralelamente, circulavam boatos das suas ligações afetivas clandestinas com o presidente John Kennedy e com Robert Kennedy. No dia 5 de agosto de 1962, um mês depois de ter sido despedida por George Cukor das filmagens de Something's Got to Give (1962), a atriz foi encontrada inanimada na cama do seu apartamento. A autópsia revelou suicídio por ingestão de barbitúricos, mas a hipótese de crime ainda hoje é ventilada.


Charles Chaplin

Realizador, ator e compositor inglês nascido a 16 de abril de 1889, em Londres, e falecido a 25 de dezembro de 1977, em Vevey, na Suíça. Filho de artistas do vaudeville, viveu uma infância humilde, marcada pelo abandono do lar por parte do pai alcoólico. Aos 5 anos, participava em espetáculos, cantando e dançando nas ruas da capital inglesa ao lado do seu irmão Sydney. Depois duma breve passagem por um orfanato, junta-se a uma companhia infantil de teatro. Mais tarde, por influência de seu irmão Sidney, é contratado pela Companhia Teatral de Fred Karno, onde permaneceu até 1912, alcançando algum prestígio a nível interno. Em 1912, durante uma digressão aos Estados Unidos, onde atuou ao lado de Stan Laurel, chamou a atenção do produtor cinematográfico Mack Sennett, patrão do Keystone Studios. Após uma difícil negociação, estrear-se-ia- em 1914 com uma prestação secundária em Making a Living (1914). Neste mesmo ano, participou em 35 filmes da Keystone e cada participação fez crescer a sua cotação como ator. Em Mabel's Strange Predicament (A Estranha Aventura de Mabel, 1914), desempenhou pela primeira vez a personagem que o imortalizaria aos olhos de milhões de cinéfilos: Charlot, o vagabundo com o chapéu de coco, calças largas e bengala em constante movimento que numa sucessão de gags cómicos procura libertar-se de forma pouco ortodoxa de inúmeras situações desfavoráveis, ora pontapeando agentes da lei, ora cortejando belas mulheres. O facto de os espectadores se identificarem com as peripécias de Charlot ajudou ao retumbante êxito da personagem que surgiria novamente em The Masquerader (Charlot Faz de Vedeta, 1914), Laughing Gas (Charlot Dentista, 1914),The Rounders (Que Noite!, 1914) e Mabel's Busy Day (Charlot e as Salsichas, 1914). Começou também a dirigir as suas próprias curtas-metragens, iniciando essa nova faceta com Making a Living (1914). Após mais um sucesso com The Tramp (Charlot Vagabundo, 1915), Chaplin recebeu um contrato milionário da First National Studios com uma cláusula irrecusável: a de manter o controlo absoluto da criação artística dos filmes que interpretava e dirigia. Dando asas a toda a sua imaginação e talento, somou êxitos em cadeia, dos quais se destacou o célebre The Kid (O Garoto de Charlot, 1921). No início dos loucos anos 20, era o comediante mais bem pago de Hollywood, facto que o levou a enveredar por uma nova aventura: juntamente com o realizador D.W.Griffith e os atores Douglas Fairbanks e Mary Pickford, fundou a United Artists que em breve se tornou numa das produtoras de maior sucesso do Mundo. Nesta tripla faceta de ator-realizador-produtor, continuou a maravilhar os espectadores, imortalizando cenas clássicas como a de comer atacadores dos sapatos cozidos, em Gold Rush (A Quimera do Ouro, 1925). Em 1928, ainda a Academia dava os seus primeiros passos, Chaplin recebia nomeações para 2 Óscares como Ator e Realizador em The Circus (O Circo, 1928). O seu último filme mudo foi o inesquecível Modern Times (Tempos Modernos, 1936) onde caricaturizou de forma genial o sistema industrial. No seu filme seguinte, fez uma brilhante sátira a Adolf Hitler e ao regime nazi em The Great Dictator (O Grande Ditador, 1940), mas o filme não caiu bem entre a sociedade conservadora norte-americana, encabeçada pelo magnata da imprensa William Randolph Hearst que procurou ridicularizar a película. No entanto, a sua interpretação de Adenoid Hinkel, Ditador da Tomânia, permitiu a Chaplin ser nomeado para o Óscar de Melhor Ator. A partir daí, a carreira de Chaplin começou a ressentir-se duma constante publicidade negativa, devido a divórcios litigiosos, acusações de adultério e vários processos de paternidade. Para agravar a situação, veio o estrondoso falhanço comercial de Monsieur Verdoux (O Barba Azul, 1947), uma comédia negra demasiado avançada para a época sobre um homem que se casa constantemente, assassinando em seguida as suas esposas para beneficiar das respetivas heranças. Em 1952, o senador McCarthy acusou-o de simpatias comunistas e recusou-lhe o visto de entrada nos EUA, obrigando Chaplin a refugiar-se na Suíça. Foi na Europa que Chaplin promoveu o seu filme seguinte, o brilhante drama Limelight (Luzes da Ribalta, 1952) sobre um palhaço decadente que se apaixona por uma jovem bailarina. Neste filme, salientou-se a magistral banda sonora (da autoria de Chaplin que lhe valeu um Óscar em 1972, ano em que o filme foi lançado comercialmente em Hollywood), o sketch cómico-musical com Buster Keaton e uma breve aparição de Geraldine Chaplin, sua filha e que viria também a tornar-se atriz de créditos firmados. Chaplin ainda realizaria mais dois filmes: A King in New York (Um Rei em Nova Iorque, 1957), que passou quase despercebido, e A Countess From Hong-Kong (A Condessa de Hong-Kong, 1967), uma comédia romântica que, apesar de protagonizada por Marlon Brando e Sophia Loren, foi um fiasco de bilheteira. Em 1972, aos 83 anos, recebeu finalmente permissão para entrar nos Estados Unidos e foi aplaudido entusiasticamente de durante dez minutos por uma plateia em êxtase quando recebeu um Óscar Honorário pelo seu contributo à arte cinematográfica.


Judy Garland

Atriz norte-americana, Judy Garland, de nome verdadeiro Frances Ethel Gumm, nasceu a 10 de junho de 1922, nos Grandes Rápidos, Minnesota, e morreu a 22 de junho de 1969, em Londres, vítima de uma dose excessiva acidental de comprimidos para dormir. Começou no cinema com o filme The Big Revue (1929) e mais dois ou três filmes em que o seu nome não faz parte do elenco. em 1936 é que chamou a atenção pelo seu trabalho em Pigskin Parade (Diabruras de Estudante, 1936), Every Sunday (1936), The Broadway Melody of 1938 (Maravilhas de 1938, 1937) e Love Finds Andy Hardy (Andy Hardy Apaixona-se, 1938). Formou uma equipa de sucesso com o então jovem Mickey Rooney nos filmes Thoroughbreads Don't Cry (Nasceu um Gentleman,1937), Babes in Arms (De Braço Dado, 1939) e Girl Crazy (Doidinho Por Saias, 1943). Mas foi o seu papel de Dorothy Gale no filme The Wizard of Oz (O Feiticeiro de Oz, 1939) que a elevou à categoria de estrela e a fez ganhar o Óscar Juvenil em 1940. Foi neste filme que teve a oportunidade de cantar a sua mais famosa canção, "Over the Rainbow", hoje considerada pelos americanos como a mais emblemática do século XX. Seguiram-se então uma série de típicos musicais da Metro Goldwyn como For Me and My Gal (O Prémio do Teu Amor, 1942), com Gene Kelly, Meet Me in Saint Louis (Não Como a Nossa Casa, 1944), Ziegfeld Follies (As Mil Apoteoses de Ziegfeld, 1946), Till the Clouds Roll By (1947), Easter Parade (Quando Danço Contigo, 1948), Words and Music (1948), The Pirate (O Pirata dos Meus Sonhos,1948). Durante este período tornou-se dependente de barbitúricos para dormir, para acordar e para manter o peso que seriam mais tarde responsáveis pela sua morte. Foi casada com David Rose e depois com o realizador Vincente Minnelli, em 1945, de quem teve a filha Liza Minnelli. A sua cada vez maior dependência das drogas levou-a a ter um comportamento instável que resultou na rescisão do contrato por parte da MGM em 1950 e no divórcio com Minnelli em 1951. Judy Garland casou-se com o produtor Sidney Luft, de quem teve os seus dois filhos Lorna e Joseph, que foi responsável pelo seu regresso, produzindo A Star Is Born (Assim Nasce Uma Estrela, 1954), do realizador George Cukor, o filme em que Judy Garland teve uma participação brilhante, para muitos a melhor da sua carreira e que lhe valeu uma nomeação para o Óscar da Melhor Atriz. Nos anos 50 e 60, Judy Garland desenvolveu também a sua carreira de cantora, fazendo digressões pelo país ao mesmo tempo que participava em filmes e iniciava o seu próprio programa de televisão, The Judy Garland Show em 1963. O seu disco Judy Garland at Carnegie Hall (1961) recebeu cinco Grammy's e ficou no topo de vendas durante meses. O filme Judgment at Nuremberg (Julgamento de Nuremberga, 1961) foi responsável pela sua segunda nomeação para os Óscares, desta vez na categoria de Melhor Atriz Secundária em 1962. O seu último filme para o grande ecrã foi I Could Go On Singing (Triunfo Amargo, 1963). Em 1965, Judy Garland divorciou-se de Sidney Luft para casar com o ator Mark Herron, de quem se divorciou em 1967 ao descobrir que este era homossexual. Casou-se com o "manager" Mickey Deans em março de 1969, apenas três meses antes da sua morte a 22 de junho desse mesmo ano. Judy Garland foi considerada uma atriz e cantora de grande talento e uma vítima do star system de Hollywood.


Humphrey Bogart

Ator norte-americano nascido em 25 de dezembro de 1899, em Nova Iorque, e falecido a 14 de janeiro de 1957, em Los Angeles. Foi considerado como um dos maiores ícones de Hollywood, muito devido à imagem de duro que deixou nas dezenas de filmes em que participou. Filho dum médico e duma pintora, ainda cursou Medicina, mas foi expulso da Universidade de Massachusetts devido às constantes brigas em que se envolvia. Alistou-se na Marinha durante a Primeira Guerra Mundial e foi durante um acidente no navio em que servia que fez a ferida no lábio da qual decorreu a cicatriz que se tornou numa das suas imagens de marca. Findo o conflito, partiu para Nova Iorque onde teve vários empregos até 1920, ano em que decidiu tentar a sorte como ator na Broadway. Os primeiros tempos não foram fáceis, tendo passado quase despercebido numa série de papeis secundários. Em 1930, assinou contrato com os estúdios da Warner, que o recrutaram para uma série de filmes B, na sua maioria policiais e histórias de gangsters. Farto de esperar por uma oportunidade em filmes de relevo, regressou à Broadway onde fez um par de temporadas bem sucedidas. Foi por pedido do ator Leslie Howard que regressou a Hollywood para desempenhar um importante papel na produção The Petrified Forest (A Floresta Petrificada, 1936). O filme foi um sucesso e tipificou Bogart em papéis de vilão que viria a repetir em Marked Woman (A Mulher Marcada, 1937), Angels With Dirty Faces (Anjos de Cara Negra, 1938) e Roaring Twenties (Heróis Esquecidos, 1939). A grande viragem na carreira de Bogart deu-se em 1941: o ator George Raft recusou interpretar um gangster decadente que morria no final em High Sierra (O Último Refúgio, 1941) e o realizador Raoul Walsh recomendou Bogart para o papel. O filme foi um sucesso, catapultando a carreira de Bogart . Uma nova recusa de Raft veio beneficiá-lo novamente: a personagem de Sam Spade, no policial The Maltese Falcon (A Relíquia Macabra, 1941), assentou-lhe que nem uma luva e fez dele uma estrela. Casablanca (1942) e a personagem Rick Blaine fizeram de Bogart um mito e nenhum cinéfilo esquecerá a imagem de Rick na sua gabardina cinza envolto na bruma do aeroporto a despedir-se de Ilsa (Ingrid Bergman). O seu desempenho neste filme valeu-lhe a nomeação para o Óscar de Melhor Ator. Os êxitos sucederam-se em catadupa: durante as filmagens de To Have and Have Not (Ter ou Não Ter, 1944), apaixonou-se por Lauren Bacall que se viria a tornar a sua quarta e última esposa. Após os sucessos de The Big Sleep (À Beira do Abismo, 1946) e The Treasure of Sierra Madre (O Tesouro de Sierra Madre, 1948), venceu o Óscar para Melhor Ator Principal pela sua prestação em The African Queen (A Raínha Africana, 1951). Trabalhou em seguida com realizadores credenciados como Joseph Mankiewicz, em The Barefoot Condessa (A Condessa Descalça, 1952), Billy Wilder, em Sabrina (1954), Michael Curtiz em We're no Angels (Veneno de Cobra, 1954) e William Wyler em Desperate Hours (Horas de Desespero, 1955). Minado por um cancro no esófago, «Bogey», como era carinhosamente tratado pelos seus colegas, terminou com grande sacrifício as filmagens do seu último título, o drama sobre o submundo do boxe The Harder They Fall (A Queda Dum Corpo, 1956), tendo falecido poucos meses depois.